Campo Grande (MS), Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025

COSTA RICA

Prefeito de Costa Rica reafirma decisão de não utilizar livros didáticos do MEC e justifica substituição por sistema privado

20/02/2025

08:50

REDAÇÃO

O prefeito de Costa Rica, Cleverson Alves dos Santos, conhecido como "Delegado Cleverson" (PP), divulgou um vídeo em suas redes sociais, onde reafirma a decisão de não adotar os livros didáticos fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC). Ele justificou sua posição afirmando que "ideologia de gênero, ideologia política, ideologia religiosa, quem tem que cuidar é a família e não o poder público". No entanto, o prefeito não soube especificar quais conteúdos dos materiais federais seriam abordagens ideológicas.

Desde 2022, o município não utiliza mais os livros didáticos do MEC, substituindo-os pelo sistema privado Aprende Brasil, da Positivo. A decisão, segundo o prefeito, visa evitar o que ele considera conteúdos ideologizados e garantir que os estudantes tenham acesso a um material que, segundo ele, respeita os valores familiares.

A adesão ao Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) do MEC é voluntária para os municípios. O material fornecido pelo governo federal é gratuito para as redes municipais que optam por participar. Quando um município decide não utilizar os livros do MEC, como é o caso de Costa Rica, a prefeitura precisa arcar com os custos da metodologia substitutiva, que no caso de Costa Rica é o sistema privado Aprende Brasil.

Apesar de não utilizar os livros do MEC, o prefeito garantiu que a administração municipal disponibiliza todo o material escolar gratuitamente para os alunos, incluindo uniformes, mochilas e tablets para a inclusão digital.

Em contato com a reportagem, o prefeito explicou que, desde 2022, o município não adota mais os livros federais devido à identificação de pais de alunos com conteúdos que consideraram inadequados para seus filhos. No entanto, ele não conseguiu detalhar quais seriam esses conteúdos ideológicos. Ele ainda afirmou que, por conta disso, os livros do MEC nem chegam a ser entregues ao município, razão pela qual não são devolvidos.

A reportagem entrou em contato com o Ministério da Educação para entender se existe algum tipo de monitoramento sobre a substituição dos materiais didáticos em municípios que rejeitam o PNLD, bem como para esclarecer as diretrizes sobre o destino dos livros não utilizados. Contudo, o MEC não respondeu especificamente à demanda. Em vez disso, enviou uma cópia do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), sem esclarecer os pontos questionados.


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