CÂMARA MUNICIPAL DE PONTA PORÃ
Prefeito Agnaldo Miudinho discute implantação de lojas francas em Ponta Porã
Depois de receber autoridades da Receita Federal no Gabinete da Prefeitura Municipal, prefeito em exercício participou de palestra com empresários na Associação Comercial
12/12/2024
08:00
ASSECOM
EDILSON JOSÉ
O prefeito em exercício de Ponta Porã, Agnaldo Miudinho, junto com o superintendente-adjunto da 1ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, Erivelto Moysés Torrico Alencar; o delegado da Alfândega de Ponta Porã, José Ricardo Moreira e a delegada-adjunta Juliana Moreira Senna Guimarães, durante reunião na tarde de ontem na Prefeitura Municipal – Foto: Rafael Ribeiro
O prefeito em exercício de Ponta Porã, Agnaldo Miudinho, recebeu no gabinete da Prefeitura Municipal na tarde desta quarta-feira, dia 11, o superintendente-adjunto da 1ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, Erivelto Moysés Torrico Alencar; o delegado da Alfândega de Ponta Porã, José Ricardo Moreira e a delegada-adjunta Juliana Moreira Senna Guimarães, oportunidade que foi discutida a implantação de lojas francas no município, mesma pauta da reunião ocorrida no período da noite no auditório da Associação Comercial e Empresarial (ACEPP), evento que contou com a participação do presidente da entidade, Helton Carlos Matos da Silva, além de Raquel Caroline Lageano Quintino e Walkíria Capusso, da Secretaria de Desenvolvimento Regional, Indústria, Comércio e Turismo, empresários brasileiros e paraguaios, entre outros.
Agnaldo Miudinho disse que em 2014 a Câmara Municipal aprovou Projeto de Lei autorizando a instalação de lojas francas em Ponta Porã, conforme previsão da Lei Federal 12.723 como forma potencializar o desenvolvimento local e regional. “Fomos a primeira cidade de Mato Grosso do Sul a aprovar a lei municipal permitindo a implantação, conforme regulamentação da Receita Federal, e que será possível colocar Ponta Porã em outro nível com comércio pujante. Agora é momento de o empresariado local montar projetos para aproveitar parte do movimento de turistas que todo dia chega na fronteira para fazer compras no lado paraguaio. Estamos trabalhando para tornar realidade o Aeroporto Binacional, o Porto Seco e a Rota Bioceânica, projetos que vão gerar desenvolvimento e milhares de empregos”, destacou o prefeito em exercício.
No período da noite de quarta-feira no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã, o superintendente-adjunto da 1ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, Erivelto Moysés Torrico Alencar, fez uma palestra esclarecedora para autoridades e empresários da fronteira. Falou sobre as exigências para implantação de lojas francas e disse que Ponta Porã é uma cidade pronta para receber esse tipo de comércio com regime aduaneiro especial que permite a venda de mercadorias nacionais e estrangeiras com corte da tributação federal. “A Receita Federal não pode ser entrave, tem que atuar como parceira no processo regulatório”, disse.
Erivelto disse que a primeira loja franca de Mato Grosso do Sul foi implantada em Corumbá e que isso fomentou o comércio local. “Apesar de uma certa resistência de parte dos comerciantes, depois eles perceberam que não se tratava de uma concorrência para suas lojas e que aconteceu incremento das vendas com mais atrativos na cidade e aumento do trânsito de pessoas. Outras cidades gêmeas de fronteira como Ponta Porã, Coronel Sapucaia, Mundo Novo, Paranhos e Porto Murtinho também podem ser beneficiadas com a implantação”.
Depois que a Receita Federal publicou Instrução Normativa definindo critérios para funcionamento de lojas francas em portos, aeroportos e fronteiras terrestres, disse Erivelto, hoje qualquer uma dessas cidades poderá ser beneficiada, sendo que Ponta Porã que já tem uma Lei Municipal aprovada está à frente daqueles municípios que ainda não se mobilizaram para discutir essa questão. Destacou que em Corumbá a loja franca é um sucesso e que outras cidades como Foz do Iguaçu que tem 6 lojas, Uruguaiana com 10 lojas e Guaíra na fronteira com Mato Grosso do Sul, estão com alto índice de aprovação por parte do comércio e da comunidade. Ele disse que um processo para implantação de uma loja franca em Ponta Porã caso haja empresário interessado e que preencha todos os requisitos poderá ser concluído em até três meses.
BOM PARA O CONSUMIDOR
Durante as suas explanações, o superintendente-adjunto da 1ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, Erivelto Moysés Torrico Alencar, explicou sobre atrativos para os consumidores. Disse que a cota de isenção é para compras de até 500 dólares a cada 30 dias, bastando que o comprador forneça para a loja o número do CPF no momento da compra.
Pela regra da Receita Federal consumidor poderá comprar até 12 litros de bebidas alcóolicas, sendo que sobre o excedente da cota de isenção de 500 dólares para os produtos estrangeiros incidirá cobrança de 50% de impostos. Citou o exemplo de uma compra no valor de 700 dólares, o valor excedente é de 200 dólares, o que representa tributação no valor de 100 dólares. As compras de produtos nacionais não poderão ser superiores a 500 dólares por CPF a cada 30 dias.
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