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Preso cafetão que agia em rede de prostituição junto com ex-vereadores e PMs Homem e outra cafetina ofereciam menores de idade como "cardápio"
04/11/2024
10:00
CGNEWS
Prisão de cafetão durante operação em Bataguassu. (Foto: Cenário MS)
Operação policial prendeu Ronaldo Luiz Marques de Andrade, 53 anos, por exploração sexual infantil e corrupção de testemunha. Ele e uma mulher, de 32 anos, agenciavam diversas adolescentes e, inclusive, tinham conjunto de fotos das meninas, o qual era chamado de “cardápio”. Ex-vereadores, policiais militares e empresários faziam parte do esquema, que ocorria em Bataguassu, cidade a 335 quilômetros de Campo Grande.
Ronaldo estava foragido desde fevereiro, quando foi decretada a prisão preventiva, de acordo com a Polícia Civil, cumprida na sexta-feira (1º de novembro). "Durante a abordagem, o irmão do investigado tentou interferir na ação policial, praticando delitos de desobediência, desacato e calúnia contra a equipe, o que resultou em sua prisão em flagrante", diz nota da corporação.
Entenda - Ex-vereadores, policiais militares e empresários faziam parte da rede de exploração sexual de menores. Os nomes dos investigados não foram divulgados. As apurações começaram em 2023 e em fevereiro deste ano, a Polícia Civil de Bataguassu deflagrou a operação "Força e Pudor", para cumprir ordens judiciais contra investigados.
Além de Ronaldo, uma cafetina, conhecida como "Darle Dominical", foi alvo da operação. Ela acabou presa e chegou a incendiar a cela de uma delegacia. Darle era conhecida na cidade e, inclusive, já tinha sido condenada pelo mesmo crime, no ano de 2019. Contudo, não acreditava que seria presa.
Darle quando foi presa pela Polícia Civil em fevereiro deste ano. (Foto: Divulgação/PCMS)
A investigação apontou que ela recrutava menores de idade, entre 14 e 18 anos, e oferecia como "cardápio" aos clientes. O programa custava aproximadamente R$ 250. "Ela aliciava essas meninas, que faziam os programas em motéis, ranchos e pousadas", revela a delegada responsável pelas investigações à época, Izabela Borin.
"Pegamos conversas da cafetina com as meninas, em que fala que o cliente estava esperando e apontava os locais. Ela constrangia, forçava a ir. Às vezes as meninas não tinham com quem deixar os filhos e ela forçava", diz a delegada.
Após a prisão em fevereiro, a cafetina - que acreditava na impunidade, segundo a polícia - causou tumulto na delegacia de Bataguassu, foi transferida para Brasilândia, onde chegou a incendiar uma cela. Depois, ela foi transferida a um presídio da região.
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