Campo Grande (MS), Sexta-feira, 29 de Novembro de 2024

SAÚDE

Notícias falsas sobre “medicações milagrosas” para diabetes causam desinformação e podem levar à morte 

Doença acomete 9% da população adulta em Campo Grande  

10/11/2023

08:50

ASSECOM

@Divulgação

Neste mês de novembro em que as atenções para a prevenção e tratamento de diabetes se intensificam, o combate à desinformação deve ser uma das frentes de atuação. Seguir a prescrição do médico é fundamental para manter a doença, que é crônica, sob controle e evitar o agravamento, que pode levar à morte. 

O nível de propagação de falsas promessas de cura com produtos “milagrosos” que, na verdade, não têm qualquer comprovação científica, chegou a tal ponto em que, recentemente, a agência Lupa, de checagem, emitiu um alerta após analisar nove desses supostos medicamentos circulando em publicações com milhões de visualizações nas redes sociais – nenhum deles tinha autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em uma tentativa de “acreditar” tais produtos, os informes com conteúdo enganoso chegam a tentar vincular, de forma mentirosa, nomes de artistas a falsas curas. 

A endocrinologista da Unimed Campo Grande Ana Carolina Wanderley Xavier faz um alerta de que as falsas promessas contêm grandes ameaças à saúde do paciente. Primeiro no que diz respeito à formulação desconhecida desses compostos, que pode repercutir no organismo de forma bastante danosa. “É muito comum observarmos hepatites, inclusive hepatites fulminantes, de origem medicamentosa, por essas ‘medicações ditas naturais’, que na verdade não são”. 

Os remédios hoje autorizados para o tratamento da diabetes passaram por vários testes até a aprovação e, desta forma, têm eficácia e segurança atestados. Outro ponto importante é que ao interromper o uso contínuo da medicação prescrita pelo médico e a insulina, a tendência é que o nível de glicose volte a subir e, com isso, o paciente experimente todos os malefícios da diabetes, como complicações crônicas e agudas podendo, em alguns casos, levar ao coma e à morte. 

“Atualmente temos várias medicações para o tratamento do diabetes, que são seguros e que funcionam para tratamento e controle da doença, quando utilizados de forma correta. Pergunte ao seu médico e não se aventurem em falsas promessas que aparecem na internet”, orienta a médica.  

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), o último levantamento do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado neste ano, mostrou que 9% da população acima de 18 anos em Campo Grande referem diagnóstico médico de diabetes, sendo 4,6% dos homens do município e 12,9% das mulheres moradoras na cidade. Neste ranking, Campo Grande ocupa a 14ª posição entre as capitais, juntamente com Cuiabá e Salvador, que apresentam a mesma parcial em relação à população local. 

Viver Bem – Na Unimed Campo Grande 300 beneficiários são atendidos pela Linha de Cuidado Diabetes Mellitus, no âmbito do Programa Viver Bem. Eles contam com o apoio de um programa exclusivo que ajuda a entender e controlar a doença, prevenindo complicações. A abordagem é multidisciplinar e incentiva mudanças do estilo de vida, desde alimentação saudável até a prática regular de atividades físicas, promovendo uma maior qualidade de vida. Rodas de conversa, dinâmicas e atividades em grupo e ao ar livre também integram o programa, como a Caminhada Orientada, duas vezes por semana, e o Agita Unimed, realizado três vezes por semana, ambos no Parque das Nações Indígenas e com acompanhamento de profissionais de educação física.  

Para obter mais informações sobre o programa, o telefone é o 0800 515 1510. 


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