CAMPO GRANDE 124 ANOS
Da Feira Central a empreendedores pioneiros da região, Sebrae constrói história junto a Campo Grande
De 124 anos de fundação, Sebrae/MS segue desde a década de 80 em parceria com a Capital
26/08/2023
07:30
ASSECOM
©DIVULGAÇÃO
A capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, completará 124 anos neste sábado (26). Conhecida como Cidade Morena, devido ao solo avermelhado e ao clima tropical, destes 124 anos, o Sebrae acompanha o crescimento da cidade desde o início dos anos 80. De 2014 para cá, o Sebrae registrou 756.046 atendimentos na Capital e, só neste ano, 58.231 já passaram por atendimento.
Na década de 80, o Sebrae/MS ainda levava o nome de Fundação do Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Estado de Mato Grosso do Sul - CEAG/MS, integrante do Sistema CEBRAE - Centro Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa. Um pouco antes, em 1977, houve a criação do estado de Mato Grosso do Sul com a divisão do estado de Mato Grosso.
A separação dos estados abriu portas para novas possibilidades. Foi assim que o sócio fundador da Refrigeração Panan, Roberto Rech, chegou até aqui. “Já mexíamos com refrigeração no Rio Grande do Sul, e aqui é muito calor, entendemos que era um momento propício, e com o passar do tempo, consideramos que foi a melhor escolha. Campo Grande é uma cidade aberta, traçado reto, muito arborizada, é uma região de desenvolvimento. Enfim, na prática isso só se confirmou”, ressalta Roberto.
Ao buscar ferramentas para o novo negócio, Roberto se lembra de como naquela época, sem internet, Google, e facilidades tecnológicas, o Sebrae foi propulsor de uma gestão eficiente. “A minha relação com o Sebrae começou desde o início. Fomos a palestras, fizemos os cursos. Chegou a Casa do Empreendedor, o Sebrae Ideal. Eu fui da segunda turma aqui do estado a fazer o Empretec”, explica o empresário.
Com metodologia criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e aplicada no Brasil com exclusividade pelo Sebrae, o Empretec possui quase 100% de avaliações positivas. São seis dias de imersão, com dinâmicas e práticas, por meio de jogos, exercícios e debates, que ajudam a aplicar os conhecimentos adquiridos e motivam cada um a ter visão empreendedora e a aperfeiçoar habilidades de negociação e de gestão empresarial. De 2014 até agora, 534 atendimentos foram relacionados ao Empretec no Sebrae de Campo Grande.
“Quem quer empreender um bom negócio, mas não tem a prática, não tem o conhecimento. Não tem muitas vezes aquele ‘feeling’ do negócio, sabe que muitas vezes não é só saber fazer um bolo, saber cozinhar, tem toda uma gestão, toda uma necessidade por trás disso para, enfim, o empreendimento começar pequeno, mas desde pequeno já começar num caminho correto”, explica Roberto.
“O papel do Sebrae é trabalhar junto das pessoas, para que elas possam sonhar, melhorar seu negócio, melhorar sua renda, melhorar a sua vida, levando consultoria, inovação, conhecimento, e apoio a quem quer produzir e quem quer trabalhar”, ressalta o diretor- superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça.
Apoio histórico ao pequeno negócio
O Sebrae tem como propósito o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios de Mato Grosso do Sul, e executa diferentes ações para atingir este objetivo. É por meio desse trabalho, que a analista-técnica do Sebrae/MS, Maria Cristina, mais conhecida como Tininha, com quase 35 anos de instituição, compõe o quadro de funcionários mais antigos do Sebrae/MS.
“Entrei no Sebrae em 1989, na época ainda era CEAG. Foi maravilhoso ver a evolução dos serviços prestados aos pequenos negócios no MS. Aos poucos se tornou referência no apoio ao empreendedorismo no estado. De 1990 até hoje o Sebrae só aprimorou e intensificou sua atuação, oferecendo mais soluções aos empresários e trabalhando incansavelmente para realizar sua missão de contribuir para o sucesso dos pequenos negócios. Como não se sentir realizado em fazer parte dessa trajetória?”, indaga Tininha.
Sebrae/MS nos “cartões postais” da cidade
A parceria entre Sebrae e a prefeitura municipal abrangeu pontos turísticos históricos: de cartão postal a balcão de atendimento, a Pensão Pimentel Morada do Baís, construída em 1918, foi a primeira edificação de alvenaria de Campo Grande. Em 1974 perdeu parte da estrutura em um incêndio e foi revitalizada logo depois. Mas, foi somente em 1995, entre a parceria do Sebrae/MS e a prefeitura, que o local passou por uma grande restauração, onde foi aberto, entre outras atrações, um balcão de atendimento do Sebrae especializado em negócios do setor turístico
A Feira Central é outro ponto turístico histórico, no qual comerciantes puderam acompanhar o progresso da cidade e do próprio comércio se juntando ao Sebrae. Em 2023, completa 98 anos, e passou por diversos endereços como Avenida Afonso Pena e Rua Calógeras até ganhar um espaço fixo na Esplanada Ferroviária e, desde 2017, foi declarada pela prefeitura como patrimônio cultural e imaterial da capital.
Apesar dessa mudança ter sido satisfatória, os primeiros passos foram desafiadores para o empresário Sidney Yoza. Ele detalha que os avós vieram no primeiro navio do Japão vindo para o Brasil, e tiveram que iniciar como pequenos agricultores. Depois, o negócio foi passado aos pais dele, que logo perceberam que a melhor forma de comercializar era por meio de feira. Então, surgiu a primeira barraca da família na Feira Central com a venda de verduras. Criado nesse ambiente, ainda no antigo endereço na Rua Abraão Júlio Rahe, o empresário explica que, em meados de 1985, a família partiu para o ramo da alimentação.
“Somos a segunda geração, trabalhamos por 20 anos na feira antiga. A venda era intensa e com um público direcionado, um comércio de comida popular. Não tínhamos visão de empresários, mas de feirantes e o Sebrae foi fundamental nesse processo porque trouxe diversos cursos sobre manipulação de alimento, treinamento de funcionários e busca de equipamentos adequados. O Sebrae é um portal do empreendedor, para quem quer vender, quem quer fazer melhor”, afirma Sidney.
O Sebrae/MS apoia o desenvolvimento através de diversos projetos e tem atuado desde a formalização e profissionalização dos serviços realizados na Feira Central, até a manutenção da competitividade desse local tão importante para Campo Grande. Neste trabalho, mais de 100 empreendedores individuais foram formalizados, houve realização de capacitação em informática e línguas estrangeiras, consultorias em gestão e tecnologia, ações de acesso ao crédito, dentre outras em apoio à Associação da Feira Central, Cultural e Turística de Campo Grande (AFECETUR) e no auxílio direto aos empresários instalados no local. Em sua nova etapa, o Sebrae tem apoiado a entidade nas articulações para implementação de um projeto para modernização do espaço da Feira Central, contribuindo para enaltecer este ponto turístico central da cidade.
Mais informações aos empreendedores por meio da Central de Relacionamento do Sebrae, no número 0800 570 0800.
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