Campo Grande (MS), Domingo, 24 de Novembro de 2024

CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

Em evento pioneiro, Câmara discute pela primeira vez o uso de cannabis medicinal

27/04/2022

20:10

ASSECOM

©DIVULGAÇÃO

Nesta quarta-feira (27), a Câmara Municipal de Campo Grande realizou a 1ª Audiência Pública que colocou em debate o uso de cannabis medicinal no Brasil. De autoria da vereadora Camila Jara, a “Audiência Direito à Saúde em Meio ao Proibicionismo” contou com vários atores da sociedade civil organizada participaram tirando dúvidas e atualizando informações sobre o uso da substância como forma de tratamento.

Jéssica Albuquerque, da Associação Sul-mato-grossense de apoio e pesquisa à cannabis medicinal divina flor, diz que é importante a presença da população na Casa de Leis para trazer informação. “Ocupar esses espaços, trazer informação e mostrar para as pessoas que a cannabis é remédio é o nosso objetivo aqui”.

O psiquiatra Wilson Lessa disse que ainda é preciso correr atrás de informação de qualidade. “Não estamos aqui para mostrar que existe risco, porque de fato existe. Estamos para informar os benefícios e também os riscos, e também precisamos separar o uso medicinal do uso recreativo, que não é a pauta desta audiência. Existe um produto na farmácia hoje liberado no Brasil, mas ele custa quase R$ 2.400,00, mas quem é beneficiado com isso? Isso não está na realidade das famílias”, argumenta.

Dra. Anana Chaves diz que a cannabis é uma forma de tratamento que ainda não é considerada viável por muitos médicos. “Existem remédios prescritos que não ajudam tanto em alguns acasos, e mesmo assim são prescritos. Não estou demonizando esses remédios, eu também prescrevo, mas há situações em que é preciso olhar para tratamentos alternativos”.

Fabianne Rezek, mãe de um menino que precisou ser tratado com o óleo da cannabis comentou sobra as mudanças e benefícios que ele teve como paciente, ao final do relato a mulher foi enfática: “a cannabis é remédio sim, é barata e principalmente é eficaz”.

A discussão, transmitida pelos canais da Câmara no Facebook e no Youtube, trouxe dados e informações históricas sobre a pesquisa, tratamento e legislação.


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