Vereadores discutem internacionalização de Ponta Porã e da fronteira

Parlamentares receberam nesta sexta-feira o presidente da Sociedade Árabe Palestina Brasileira de Foz do Iguaçu

Durante reunião no plenário da Câmara Municipal na manhã desta sexta-feira, dia 03, os vereadores de Ponta Porã receberam Jihad Ahmad Abu Ali, que foi diretor de Assuntos Internacionais de Foz do Iguaçu e é presidente da Sociedade Árabe Palestina Brasileira na tríplice fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina.

Jihad foi recepcionado pelo presidente da Câmara Municipal, Agnaldo Pereira Lima, juntamente com os vereadores Lourdes Monteiro, Marcelino Nunes, Edinho Quintana, Daniel Valdez – Puka, Angela Derzi, Waldecir Fernandes, Natália Velasques, Carlos Bordão, José Menino Júnior, Sub-tenente Morinigo, Leandro Bitencourt, Jelson Bernabé. A secretária-adjunta de Turismo de Ponta Porã, Walkíria Capusso, também participou do encontro.

Ao abrir a reunião que teve como tema a “Internacionalização de Ponta Porã e da Fronteira”, o presidente da Câmara Municipal, Agnaldo Pereira Lima, disse que a vinda de Jihad se deve às excelentes ações desenvolvidas no ano passado quando Ponta Porã registrou um fato marcante: “quando a obra de duplicação da MS-164 avançava e houve, por acidente, a derrubada de um marco da linha divisória com o Paraguai. “Nós fomos atrás das autoridades brasileiras e paraguaias para resolvermos a situação. E o PARLIM (Parlamento Internacional Municipal) foi o instrumento que utilizamos, pois ele é formado pelos vereadores de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. A irmandade de brasileiros e paraguaios falou mais alto naquele momento. Fizemos do limão, a limonada, mantendo contatos com diversas autoridades dos dois países. Numa das ações, procuramos aprender com Foz do Iguaçu as estratégias utilizadas e, com isso, abrimos muitas portas. Uma delas, pelo Jihad, pessoa que temos profunda admiração e que veio nos visitar”, disse Agnaldo.

Jihad Ahmad Abu Ali, que tem larga experiência em regiões de fronteira e que durante oito anos foi diretor de Assuntos Internacionais de Foz do Iguaçu, mostrou exemplos utilizados por Foz do Iguaçu para assegurar investimentos fortes de países de diversos lugares do mundo. Com os chineses e árabes tudo foi iniciado por meio da cultura, com o município valorizando a presença estrangeira em seu território. “Desta forma vamos atingir o grande objetivo que é mudar de nível a nossa Ponta Porã”, afirmou Agnaldo Pereira Lima, que tem intensificado a integração Brasil-Paraguai através do fortalecimento Parlim.

Os vereadores de Ponta Porã estão empenhados em trabalhar nas estratégias de internacionalização do município, tornar a cidade mais conhecida no mundo todo, por suas potencialidades econômicas e culturais. Junto com isso, a cidade de Pedro Juan Caballero, daí a importância do fortalecimento do Parlamento Internacional Municipal formado pelas duas cidades. “O Parlim precisa e vai ser perene. Não pode ser tratado como algo importante pelo presidente de plantão. Estamos empenhados em tornar o PARLIM um poderoso instrumento para resolver situações comuns na fronteira, bem como divulgar e atrair a nossa região, para que os investimentos sejam feitos, trazendo desenvolvimento, emprego, renda, melhorias para o nosso povo”, ressaltou Agnaldo.

O vice-presidente da Câmara Municipal, Marcelino Nunes, que está no seu sétimo mandato e foi um dos idealizadores do Parlim, também se manifestou durante a reunião. Ele destacou a importância da internacionalização de Ponta Porã e da fronteira. “Esse é um dos grandes objetivos do Parlim. Plantamos uma sementinha há 25 anos que agora está dando seus frutos como a visita do Jihad que veio conhecer de perto as ações desenvolvidas como no ano passado, quando abrimos portas para resolver questões pertinentes a nossa fronteira”, disse. Nunes também rebuscou a história desde o início do século XIX quando já se registrava a presença humana na região, lembrando que no final do século XIX a fronteira foi delimitada, “mas sempre houve irmandade entre brasileiros e paraguaios e é dessa forma que o Parlim trabalha as coisas relacionadas a fronteira, buscando sempre soluções de forma conjunta”, destacou.