Campo Grande (MS), Sexta-feira, 11 de Abril de 2025

Viaje sem gastar com a hospedagem

01/10/2011

15:47

JORNAL CORREIO MS


Conhe�a programas e comunidades virtuais que ajudam voc� a se hospedar em qualquer lugar do mundo pagando pouco


Quem � que j� n�o abriu m�o de uma viagem por falta de dinheiro? Passagens, hospedagem, alimenta��o, passeios, lembrancinhas... S�o tantos os detalhes, que pode parecer imposs�vel viajar gastando pouco. Mas, a cada dia surgem novos sites e programas que ajudam quem quer conhecer o mundo sem ter surpresas na fatura do cart�o de cr�dito.


Foto: Divulga��o


Casas, ap�s ou um quarto confort�vel s�o op��es de sites como o Wimdu e Airbnb


Al�m dos j� conhecidos programas de milhagem, que garantem passagens a�reas e outros servi�os de gra�a, h� muitas op��es econ�micas no quesito hospedagem, que chega a representar at� metade de todos os gastos de uma viagem. De albergues e alugu�is de apartamentos a pre�os bem camaradas, a espa�os livres no sof� de algu�m que curte conhecer gente nova e trocar experi�ncias. 

Foi nesse esquema de �hospedagem de gra�a�, por exemplo, que o arquiteto Jos� Bueno percorreu, em 2010, a Holanda e a Alemanha de bicicleta, durante 10 dias, para comemorar seus 50 anos de vida.

Com o or�amento reduzido, ele recorreu ao Couchsurfing para descolar uma cama ou sof� quentinho para os pernoites em uma Europa chuvosa. Mas, apesar da comunidade virtual ter mais de 45 mil participantes no mundo inteiro, n�o � exatamente f�cil encontrar um anfitri�o disposto a te receber. 


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Os couchsurfers, como s�o chamados os integrantes da comunidade, s�o exigentes, avaliam o perfil de quem est� pedindo hospedagem e detestam perceber que a pessoa s� est� a fim de pernoite gratuito. Mais do que economizar, quem entra na onda do Couchsurfing tem que estar aberto para um interc�mbio cultural, que significa tamb�m abrir as portas da sua casa para hospedar outras pessoas do grupo e, quem sabe, participar dos diversos encontros que acontecem em bares, baladas e parques ao redor do globo.


Foto: Divulga��o


Couchsurfers promovem encontros semanais para interagirem, como esse piquenique no Parque do Ibirapuera, em S�o Paulo



E para quem, assim como Jos� Bueno, gosta de viajar de bicicleta, h� uma op��o a mais. O Warmshowers � uma comunidade nos mesmos moldes do Couchsurfing, mas, exclusiva aos viajantes a bordo de uma magrela. O site conta com 18 mil pessoas cadastradas, todas com o gosto comum pelas pedaladas.


Foi gra�as ao Warmshowers que o franc�s Daniel Perou conseguiu dar a volta ao mundo de bicicleta. Por quase quatro anos o empres�rio percorreu o planeta com sua bike, conheceu muita gente e economizou alguns milhares de euros se hospedando gratuitamente na casa dos participantes da plataforma virtual. �Meu primeiro ano de viagem foi pela �frica, onde a hospedagem � muito barata. Por isso eu sempre ficava em hot�is. Mas, ap�s um ano na estrada, fui checar o or�amento e vi como de cinco em cinco euros gastei muito dinheiro com hot�is e albergues�, relembra Daniel, que depois do susto nunca mais gastou um centavo com hospedagem. Nos tr�s anos seguintes ele sempre recorreu � sua barraca ou �s casas dos �warmshowers�.


Foto: Arquivo pessoal


O franc�s Daniel Perou deu a volta ao mundo se hospedando pelo Warmshowers



Contato com a natureza



Para quem curte a vida no campo e faz quest�o de, mais do que conhecer novas culturas e pessoas, estar em contato com a natureza, uma boa pedida � o Wooff, sigla em ingl�s para Oportunidades Mundiais em Fazendas Org�nicas (World Wide Opportunities on Organic Farms). Neste programa, o viajante se oferece como volunt�rio em alguma propriedade rural que trabalha com agricultura org�nica pelo mundo. Em troca, ganha hospedagem, alimenta��o e a experi�ncia de estar em uma rela��o constante com a terra e com os animais.

Foi assim que o estudante de Ci�ncias Sociais, Cau� Ameni, conseguiu conhecer a Alemanha, a Espanha e a Fran�a. Al�m de se aprofundar em novas culturas, Cau� tamb�m queria aprender outras l�nguas e viu que conviver por v�rios meses com moradores locais e tamb�m outros viajantes � uma excelente escola de idiomas a c�u aberto. 

�� um verdadeiro m�todo de imers�o na cultura local. Eu n�o tinha rela��o alguma com l�nguas mais universais como o ingl�s e por isso tr�s meses eram suficientes para aprender bem o idioma�, conta Cau�, que antes de trabalhar pelo Wooff em vin�colas e pequenas fazendas de queijo, plantas medicinais e apicultura, tamb�m atuou no Camphill, um sistema similar ao Wooff, mas localizado em pequenos vilarejos habitados por portadores de defici�ncias f�sicas e mentais na Alemanha e Inglaterra. Outra diferen�a � que no Camphill o visitante recebe um pagamento para o trabalho nas casas e nas oficinas de artesanato.


Lar doce lar


Foto: Divulga��o


No Airbnb o visitante pode alugar uma resid�ncia por at� 10 meses

N�o � todo mundo que gosta de viajar no esquema cama ou sof� de gra�a. Ou ainda colocar a m�o na terra e na inchada de uma fazenda para economizar. Por isso, cresce a cada dia na internet os sites de aluguel de casas, apartamentos ou dormit�rios de moradores locais. � o caso do Wimdu e do Airbnb. Neles, o viajante pode alugar um quarto na casa de um nativo ou optar pela resid�ncia inteira. S�o op��es que v�o desde um quarto compartilhado com outras pessoas at� um castelo em um cen�rio paradis�aco da Europa. 

A proposta vai al�m de oferecer hospedagens baratas, mas tamb�m possibilitar novas experi�ncias e conectar turistas e anfitri�es. O legal � que o interessado em alugar uma propriedade, ou um cantinho dela, pode entrar em contato direto com o anfitri�o antes de fechar o neg�cio para ter certeza se o im�vel atende exatamente o que ele quer. 

No Airbnb o visitante pode ainda alugar uma resid�ncia por um per�odo de at� 10 meses. A op��o � boa para quem vai fazer interc�mbio ou estudar fora por um tempo determinado e n�o quer passar pelas burocracias do aluguel de um im�vel.


Saiba mais sobre algumas op��es econ�micas � e curiosas � de hospedagem pelo mundo:


- Wimdu

Foto: Divulga��o


Rachar um apartamento ou at� alugar um castelo inteiro, como esse na Esc�cia, s�o op��es no Wimdu

O site, lan�ado em mar�o de 2011, lista acomoda��es privadas dispon�veis para os turistas em todo o planeta. � poss�vel alugar pela internet desde um quarto privativo ou compartilhado at� uma resid�ncia inteira. Por ser novo, o site tem poucas op��es em destinos n�o t�o famosos, como o Norte do Brasil e pa�ses da �frica e �sia. 


- Airbnb


� o veterano dos sites de aluguel de casas, apartamentos e quartos pelo mundo. No ar desde 2008, o Airbnb revolucionou o conceito de hospedagem pelo planeta. A novidade mais recente � a possibilidade de fazer reservas de at� 10 meses de dura��o. Antes, o limite era de 28 dias. 


Camphill

Foto: Divulga��o


No vilarejo alem�o de Lehenhof � poss�vel ter hospedagem, alimenta��o e at� um sal�rio pelo Camphill

Localizado em vilarejos da Alemanha e da Inglaterra o programa � pouco conhecido. Nele, os viajantes se oferecerem para trabalhar ajudando portadores de necessidades especiais em uma esp�cie de vila no meio da natureza. Al�m de hospedagem e alimenta��o, h� tamb�m um sal�rio para os servi�os prestados, que n�o s�o simples. O visitante exerce atividades dom�sticas como limpar a casa, cozinhar e dirigir. Os col�gios Waldorf acompanham esse sistema de perto e sempre enviam estudantes para participar. Quem tem interesse em conhecer melhor o Camphill pode conseguir mais informa��es nessas escolas.



- Couchsurfing


� preciso se cadastrar para fazer parte da comunidade. Ter avalia��es de outros participantes � importante para ser aceito facilmente na hora de solicitar a hospedagem na casa de algu�m. Por isso, participar dos encontros semanais que acontecem em v�rias cidades do mundo � importante. Ap�s a estada, anfitri�o e visitante tamb�m se avaliam, para ajudar nas escolhas dos pr�ximos participantes.


- Warmshowers

Foto: Jo�o Paulo Amaral


No Warmshowers, hospedagem para viajantes de bicicleta

Semelhante ao Couchsurfing, o site � exclusivo para quem viaja de bicicleta. As avalia��es s�o importantes para garantir a aceita��o dos participantes. Por ser limitado aos cicloturistas, em alguns pa�ses e regi�es do Brasil n�o h� nenhum participante cadastrado, o que dificulta na hora de solicitar hospedagem em certos lugares.cadastrados em todo o mundo.

- Wwoof

Foto: Divulga��o


No Wwoof fam�lias de produtores rurais hospedam em troca de ajuda no campo

Cada pa�s tem a seu site local. � preciso pagar uma taxa, que custa em m�dia 20 euros, para se cadastrar no Wooff do pa�s escolhido. Os agricultores/anfitri�es costumam responder aos e-mails bem r�pido. Em alguns pa�ses � preciso tomar alguns cuidados com a imigra��o. Na Fran�a, por exemplo, se n�o houver um contrato entre o estrangeiro e o agricultor, a atividade pode ser entendida como trabalho ilegal. Vale a pena se informar antes de fechar a estada com o anfitri�o.

Fonte: ig
Por: Evelyn Araripe, especial para o iG

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