Campo Grande (MS), Segunda-feira, 23 de Dezembro de 2024

Laudo de exame de DNA em ossada deve sair em 30 dias, diz polícia de MS

31/03/2015

15:29

CMS

Ossada estava em sacos dentro de fossa em bairro de Campo Grande. Próteses de silicone encontradas com ossada também serão analisadas.

Ossada foi encontrada em sacos de ração, dentro de fossa em MS (Foto: Divulgação/ Polícia Civil MS)







A ossada humana, encontrada no sábado (28) dentro de uma fossa, no bairro Taveirópolis, em Campo Grande, deve passar por exame de DNA nesta terça-feira (31), segundo a Polícia Civil. As informações genéticas serão comparadas com a de Iria Maidana, 59 anos, que diz que a ossada é da filha dela, Marília Débora Caballero, e com o filho da desaparecida, um adolescente de 13 anos.

O laudo deve sair em 30 dias, segundo o delegado Messias Pires dos Santos Filho, que investiga o caso. As próteses de silicone para seios, de 175 ml, encontradas junto da ossada têm identificação e também serão analisadas.

Nesta manhã, a Iria esteve na 6ª Delegacia de Polícia Civil da capital com a outra filha, Márcia Russy, de 36 anos. As duas prestaram depoimento. Segundo Márcia, o último contato de Marília Débora com a família foi em outubro de 2003, quando a jovem ligou para a mãe. Desde então, a família não teve mais notícias da menina.

Próteses de silicone encontradas em ossada serão
analisadas (Foto: Divulgação/ Polícia Civil MS)

Ainda conforme a assistente administrativa, foram registrados boletins de ocorrência de desaparecimento da jovem no ano de 2004 em Sonora, Rondonópolis e Campo Grande.

De acordo com o delegado, o inquérito do caso deve ser concluído somente após o resultado do exame de DNA.

Ainda segundo Filho, a ossada estava dividida em quatro sacos de ração para cachorros e os ossos estavam cobertos por lençol, o que pode indicar homicídio e esquartejamento.

Lembranças

Iria diz que a filha desaparecida era usuária de drogas e tinha problemas com o vício desde os 11 anos. "Internei minha filha três vezes e não resolveu. Cuidei dela quando colocou a prótese em 2003. O Gilberto quem pagou a prótese e [a cirurgia] foi lá em hospital de Campo Grande", relembrou.
Esqueleto estava enrolado em lençol
(Foto: Divulgação/ Polícia Civil MS)

Ainda segundo a mulher, durante muitos anos a família procurou pela menina. "Procuramos bastante. Senti muita tristeza de saber que ela foi encontrada [morta] no local em que parecia ser muito feliz", lamentou.

Caso

A ossada humana foi encontrada enterrada na fossa de uma empresa localizada na avenida Tiradentes, no bairro Taveirópolis. Um funcionário da empresa encontrou o esqueleto enquanto retirava areia da fossa.

De acordo com o delegado Enilton Zalla, da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), há indícios de que o esqueleto estava soterrado há pelo menos 12 anos. Os ossos estavam divididos em três sacos de ração de cachorro que tinham, na data de fabricação, o ano de 2003. Para o delegado, isso indica a antiguidade do soterramento.

Conforme a polícia, o proprietário da empresa declarou que mudou-se para o local em 2009.

A polícia recolheu o material que foi levado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol).

O delegado orienta que pessoas que tiverem parentes desaparecidos desde 2003 entrem em contato com a polícia pelo 190.


Do G1 MS/JCMS


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