Preso na manh� desta sexta-feira em Pedro Gomes, confessou aos policiais o crime e disse ainda que arma foi confeccionada por ele
 |
| Jair fabricou o objeto cortante que utilizou para matar o casal (Foto: Reprodu��o) |
Preso na manh� de sexta-feira (29) como principal suspeito de assassinar Marilei Ramos, 33 anos e o namorado dela, Gilcione Rodrigues Martins, 34, Jair Soares de Oliveira confessou, informalmente, o duplo homic�dio qualificado, feminic�dio, no caso de Marilei, morta ap�s persegui��o implac�vel pelo �dio do ex-companheiro. Conforme o delegado Cleverson Alves, ele foi pego "por um pulo".
O delegado afirma que ele tinha fuga planejada para o Pantanal, para onde pretendia se embrenhar e sumir em fazendas, onde j� tinha hist�rico de trabalho anteriormente. Tudo isso ele combinou com uma pessoa da fam�lia que o ajudou na fuga, mas que ainda n�o foi identificada pela pol�cia.
 |
| Carro com o qual Jair Soares de Oliveira, preso pelo assassinato de Marilei e do namorado, Gilcione, tentou fugir �DIVULGA��O |
"Ele estava planejando uma fuga para o Pantanal, porque ele j� trabalhou em v�rias fazendas, mas n�s fechamos todas as sa�das. Ele disse que essa parente disse pra ele que estava tudo cercado, s� que ontem ele achou que estava tudo tranquilo. N�s avisamos nas redondezas para que nos informassem sobre qualquer coisa suspeita, conseguimos pegar ele por pouco em Pedro Gomes", comentou.
Preso em Pedro Gomes sobre uma ponte do Rio Taquari, quase conseguiu fugir. "Seria muito dif�cil localiz�-lo", contou Cleverson. Depois da pris�o cinematogr�fica que envolveu at� tentativa de desarmar policial, ele agora est� atr�s das grades da Delegacia de Costa Rica, onde o caso � investigado e onde, nesta manh�, Cleverson finaliza o inqu�rito e pede convers�o da pris�o de Jair para pris�o preventiva.
 |
| Gol utilizado por Jair para a fuga, atr�s da viatura da pol�cia militar �DIVULGA��O |
Confessou e ficou em sil�ncio - Na cena toda que envolveu a resist�ncia � pris�o, ao ser pego depois de furtar combust�vel em uma fazenda, tentou ferir policial civil com uma foice que estava no banco traseiro do gol em que fugia. Em seguida, tentou pegar a arma de um policial militar.
J� algemado, contou aos policiais civis e ao delegado, que "havia reatado com Marilei que, na verdade, no dia do crime, apenas voltava para casa". Os dois foram mortos com golpes de objeto cortante e a filha de Marilei, de apenas tr�s anos, viu tudo e ainda tentou abra�ar a m�e, j� morta.
A vers�o j� contrastava com as investiga��es que envolviam mensagem enviada por Marilei na noite do crime, pedindo que a deixasse em paz e que iria denunci�-lo � pol�cia no dia seguinte. N�o deu tempo.
Ela j� contava com medida protetiva depois de ter conseguido fugir de um sequestro com o carro em movimento e uma arma apontada para a cabe�a.
"Disse que tinha reatado relacionamento com ela, o que n�o � verdade, porque tinha uma mensagem dela no celular, 22h45, ele fez v�rias chamadas pra ela, e ela mandou mensagem dizendo para ele n�o perturb�-la mais e que ela iria no dia seguinte fazer boletim de ocorr�ncia contra ele. Demonstra que ele mentiu", explica Cleverson.
Fabricou a arma do crime - Depois de ter sido contrariado, ele acabou confessando o assassinato, mas depois, no momento de oficialmente prestar depoimento ao lado do advogado, ficou em sil�ncio. Antes, contou que foi at� a casa dela para mat�-la e que o objeto que at� ent�o a pol�cia achava ser uma faca, era uma esp�cie de punhal caseiro que ele mesmo fabricou com ferramentas.
Disse ter jogado a arma em um matagal, que n�o se lembra onde �.
"Ele tinha ido com prop�sito de mat�-la, n�o tinha reatado com ela", comenta o delegado.
"A gente imaginou que fosse uma faca, mas ele contou que fez um instrumento de ferro, artesanal, ele que confeccionou, cortante, utilizou um instrumento de ferro grande, com corte, tipo um punhal, e disse que jogou no meio do mato, e n�o se recorda onde, o que � mentira", relata o delegado.
"Ele inventou primeiramente uma mentira, que tinha reatado com ela e que ele estava indo para casa normal, mas o pai dele contou que ele pegou o carro emprestado em Coxim e disse que ia para Alcin�polis", explica Cleverson.
Crimes - Marilei e Gilcione foram encontrados mortos na manh� de quinta-feira (28) em Costa Rica, cidade distante a 305 quil�metros de Campo Grande. Gilcione foi atingido com diversas facadas nas costas e uma pr�ximo ao pesco�o. Ao que tudo indica ele estava dormindo de bru�os e virou para tentar se defender, quando Jair o golpeou no pesco�o. Marilei foi atingida com facadas na regi�o do rosto.
Fonte: CAMPO GRANDE NEWS
