Campo Grande (MS), Sexta-feira, 10 de Outubro de 2025

INTEIROR / ESCÂNDALO EM BONITO

Operação Águas Turvas prende secretário de Finanças e investiga fraudes milionárias em licitações

Ministério Público aponta esquema criminoso instalado desde 2021 com envolvimento de servidores, empresários e empresas contratadas pela prefeitura

08/10/2025

09:15

REDAÇÃO

Secretário de Finanças de Bonito, Edilberto Gonçalves, conhecido como Beto da Pax, está entre os presos na operação que apura fraudes em contratos públicos e corrupção na prefeitura

A Operação Águas Turvas, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) com apoio da 1ª Promotoria de Justiça de Bonito, resultou na prisão preventiva do secretário municipal de Finanças, Edilberto Cruz Gonçalves, conhecido como “Beto da Pax”. Ele é um dos principais alvos da investigação que apura a atuação de uma organização criminosa instalada na administração pública.

Também foram presos o arquiteto Carlos Henrique Sanches Corrêa, fiscal de obras da prefeitura e proprietário da empresa Sanches e Corrêa Ltda., e Luciane Cíntia Pazette, gerente do setor de licitações e compras do município. Segundo o Ministério Público, os três ocupavam funções-chave dentro do esquema e teriam favorecido empresas em processos licitatórios fraudulentos.

O empresário Genilton da Silva Moreira, da Base Construtora e Logística, também é alvo da operação. Ele já havia sido investigado e preso nas operações Velatus e Spotless, em Terenos. Somente com a Prefeitura de Bonito, os contratos firmados por sua empresa somam cerca de R$ 3 milhões.

Outro investigado é Luiz Fernando Xavier Duarte, ex-presidente da Associação Pestalozzi de Bonito e atualmente corretor de imóveis. Contra ele foi cumprido mandado de busca e apreensão, mas ele acabou preso em flagrante por porte ilegal de arma. Foi liberado após pagar fiança de R$ 2 mil.

Ao todo, a operação cumpre quatro mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão nos municípios de Bonito, Campo Grande, Terenos e Curitiba (PR). A ação conta com o apoio do Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado).

De acordo com o Ministério Público, a organização criminosa fraudava sistematicamente licitações de obras e serviços de engenharia desde 2021. Entre os crimes investigados estão corrupção ativa e passiva, fraudes em processos licitatórios, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

As investigações seguem em andamento e o MP não descarta novas prisões e medidas cautelares.

 


Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.

Últimas Notícias

Veja Mais

Envie Sua Notícia

Envie pelo site

Envie pelo Whatsapp

Jornal Correio MS © 2021 Todos os direitos reservados.

PROIBIDA A REPRODUÇÃO, transmissão e redistribuição sem autorização expressa.

Site desenvolvido por: