SAÚDE
Prevenção é fundamental no Carnaval para combater o crescimento de ISTs;
infecções são propagadas pelo contato físico desprotegido
09/02/2024
08:00
ASSECOM
MARIA GORETI
Imagem ilustrativa
Em Mato Grosso do Sul, Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como a sífilis, tiveram um aumento em 2023 comparado a 2022. Foram 4.304 casos contra 3.619. No entanto, HIV, hepatite B e HPV – só para citar as demais ocorrências no Estado – diminuíram. O herpes genital, cuja incidência maior ocorre em Campo Grande, Três Lagoas e Corumbá, ficou estável. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde que promove campanhas de conscientização no decorrer do ano.
No Carnaval, elas são intensificadas. Segundo a especialista em clínica médica da Unimed Campo Grande, Dra. Carolina Arroyo, é nesse período que aumenta a incidência de casos de sífilis, herpes, clamídia, gonorreia, HPV e Aids (HIV). O comportamento de risco mais comum para a transmissão é ter relações sexuais (anal, vaginal, oral) desprotegida com pessoas já infectadas e, por isso, a preocupação das autoridades em saúde é redobrada nesta época do ano.
Vale lembrar que a transmissão também pode acontecer da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as ISTs são propagadas, ainda, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.
“A prevenção deve ser feita, além do uso de preservativos, evitando o compartilhamento de roupas e objetos de uso íntimos”, diz a especialista. A médica lembra ainda que algumas ISTs, como o HPV, possuem vacina que previne as formas mais graves da doença e está disponível na rede pública.
Sintomas – É recomendável fazer exames com frequência e sempre buscar orientação médica ao menor sinal de desconforto ou sintoma de doença para evitar complicações e também a disseminação da doença.
Carolina Arroyo explica que algumas ISTs podem ter manifestação sistêmica, como manchas vermelhas pelo corpo e aumento de gânglios (linfonodos), corrimentos genitais, dor durante a relação sexual e a presença de feridas, lesões ou verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica e ardência ao urinar.
Interromper a cadeia - A médica infectologista da Unimed CG, Dra. Haydée Marina do Valle Pereira lembra que existe profilaxia pós-exposição disponível nos postos de saúde. “A prevenção é sempre a melhor saída, mas se o folião não se protegeu da forma correta, com camisinha, para algumas infecções tem tratamento gratuito. É importante que, ao menor sinal, as pessoas procurem atendimento médico para interromper a cadeia de transmissão”, alerta a médica. “Além disso, algumas dessas doenças, se não tratadas, podem gerar outros problemas de saúde”.
Ela ressalta: “estamos em um período festivo, mas não devemos nos descuidar dos cuidados com a própria saúde. Segurança em primeiro lugar; devemos ficar atentos aos primeiros sintomas e sempre fazer exames com frequência para evitar complicações”, ressalta.
Atendimento – A Unimed Campo Grande conta com médicos especialistas e equipes multidisciplinares para atendimentos na área da saúde em geral. Saiba mais pelo telefone 0800 515 1510. Acompanhe também o podcast Cuidar de Você, da Unimed Campo Grande. Clique aqui e acesse.
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