Quando o prefeito Gilmar Olarte (PP) assumiu no lugar de Alcides Bernal (PP), cassado pela Câmara, tudo era só sorriso. Os vereadores chegaram a acompanhar Olarte na chegada dele ao Paço Municipal e prometeram governar junto. Agora, passados oito meses da gestão, a relação entre o prefeito e vereadores já não é a mesma.
No momento, Olarte tem apoio dos vereadores que conseguiram indicações para cargos na prefeitura: Edil Albuquerque (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Coringa (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Airton Saraiva (DEM), Rose Modesto (PSDB) e João Rocha (PSDB). Estes são os poucos que se arriscam a defender a administração, ainda que fujam de enfrentamentos mais polêmicos, como o reajuste dos professores.
Apesar de contar com lideranças importante, o grupo que possui cargo não é suficiente para frear a oposição na Câmara. Para isso, Olarte terá que contar com os demais vereadores que se dizem da base, mas que estão insatisfeitos com o espaço dado pelo prefeito na administração.
Com seis vereadores na Câmara, o PMDB reclama do pouco espaço recebido e, apesar de ter Edil Albuquerque como líder, pouco se envolve na defesa do prefeito. O presidente da Câmara, Mário César (PMDB), já avisou o prefeito que o partido não está satisfeito com o espaço dado. “Já solicitei isso a ele”, informou Mario Cesar, sobre o espaço do PMDB na administração.
O presidente estadual do PTdoB, Morivaldo Firmino, explica que o partido está na expectativa de que o prefeito dê espaço ao grupo, que possui três vereadores e só tem Cícero D’Avila na Funsat, embora ele seja da quota pessoal do prefeito.
“Vamos ver se lembra da gente. Estamos à disposição, votando matéria dele e dando apoio. Acredito que ele vai se lembrar de nós. Até por que esta reforma é para cumprir acordo político e conseguir a governabilidade que ele não está tendo”, analisou.
No momento o clima é menos tenso para Olarte na Câmara. A mudança ocorreu depois que Olarte chamou um por um dos 19 vereadores da base e pediu ajuda, avisando que vai fazer uma reforma política. Diante da promessa, os vereadores resolveram dar um prazo para o prefeito, que pode ter paz ou viver nova pressão, dependendo do arranjo a ser feito.
O presidente da Câmara, Mario Cesar, entende que Olarte não deve fazer modificações pensando apenas em quem estará com ele em uma eventual disputa de reeleição. Ele avalia que o mais importante para Olarte no momento é conseguir administrar, o que lhe obriga a ter pelo menos uma base de sustentação na Câmara.
Após anunciar a reforma, Olarte só fez uma mudança, mas da quota pessoal dele. Ele tirou Waltemir de Brito da Secretaria de Administração e colocou na Secretaria de Obras, no lugar de Kátia Castilho, também comissionada dele.
Fonte: Midiamax
PorWendell Reis