Campo Grande (MS), Domingo, 15 de Junho de 2025

Fahd Jamil se entrega à polícia em Campo Grande

19/04/2021

10:40

JE

Antes, ele teria feito uma carta dizendo ser inocente em rela��o �s acusa��es feitas a ele e que sempre colaborou com a seguran�a na regi�o de fronteira entre Brasil e Paraguai.

Carro escoltado por viatura do Garras leva o empres�rio Fuad Jamil ap�s ele se entregar no Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande � Foto: Divulga��o
Procurado a anos sob a acusa��o de v�rios crimes, entre eles tr�fico de drogas, homic�dio e organiza��o criminosa, o empres�rio Fahd Jamil se entregou � pol�cia na manh� desta segunda-feira (19), no Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande.

O advogado de Fhad, Andr� Borges, disse que o cliente dele se entregou porque est� com a sa�de debilitada e a inten��o � tentar, no segundo momento, a pris�o domiciliar.

Antes de se entregar a policiais da Delegacia de Repress�o a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), Fahd teria divulgado uma carta dizendo ser inocente em rela��o �s acusa��es feitas a ele e que sempre colaborou com a seguran�a na regi�o de fronteira entre Brasil e Paraguai.

F�bio Per�, delegado do Garras, informou que Fahd n�o deve prestar depoimento e aguarda vaga no sistema penitenci�rio estadual.

Acusa��es

O empres�rio Fhad Jamil e seu filho, Fl�vio Correia Jamil Georges, s�o acusados pelo Minist�rio P�blico Estadual (MP-MS) de integrarem organiza��o criminosa que atuava em Ponta Por� e tinha parceria com o grupo criminoso que seria comandado pelos tamb�m empres�rios Jamil Name e Jamil Name Filho, em Campo Grande.

A liga��o entre as duas organiza��es foi apontada nas investiga��es da 3� fase da opera��o Omert�. De acordo com den�ncia apresentada em julho de 2020 e aceita pela Justi�a, havia uma grande proximidade entre as duas supostas organiza��es criminosas. Os grupos, teriam atuado conjuntamente, em pelo menos dois homic�dios, o do pistoleiro Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Bet�o, e o do ex-chefe da seguran�a da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Ilson Martins Figueiredo, o Figueiredo.

O MP-MS destaca na den�ncia, que o grupo liderado por Fahd Jamil, n�o era o alvo inicial da investiga��o, mas sua atua��o acabou sendo apurada tamb�m em raz�o dos crimes que ligam essa organiza��o a chefiada por Jamil Name, mas precisamente na aquisi��o e transporte de armas de fogo de grosso calibre (fuzis) e na prepara��o e execu��o de homic�dios, como o de Figueiredo.

A den�ncia aponta que os dois chefes dos supostos grupos criminosos, Jamil Name e Fahd Jamil eram compadres. Destaca que a liga��o entre as organiza��es ficou bem clara logo ap�s a quebra do sigilo banc�rio de Jamil Name durante outras fases da opera��o Omert�, quando se constatou que ele pessoalmente ou por meio de sua esposa, fez oito transfer�ncias banc�rias entre maio de 2016 e junho de 2019 para o filho de Fahd, Fl�vio Correia Jamil Georges, no montante de R$ 130 mil.

Fahd Jamil, que na den�ncia do MP-MS chegou a ser chamado de �Rei da Fronteira� pelo suposto poder que tinha na regi�o, sendo comparado pelos promotores do Minist�rio P�blico a um �padrinho da m�fia representado nos filmes de gangster� est� sendo acusado de integrar organiza��o criminosa armada, corrup��o ativa e tr�fico de armas de fogo.

Seu filho, Fl�vio Correia Jamil Georges, o Flavinho, foi denunciado pelos mesmos crimes e ainda por viola��o de sigilo funcional. Ele � acusado de ter obtido de policial federal, tamb�m denunciado neste processo, informa��es sigilosas para o grupo.

Outra den�ncia

Fahd Jamil, Fl�vio Correia Jamil Georges, al�m de Jamil Name, Jamil Name Filho tamb�m s�o r�us em outra den�ncia fundamentada pelo MP-MS na 3� fase da Omert�, a de obstru��o de Justi�a em rela��o a investiga��o de tr�s assassinatos.

A den�ncia de obstru��o de Justi�a � em rela��o a tr�s homic�dios: Ilson Martins Figueiredo, Alberto Aparecido Roberto Nogueira e Anderson Celin Gon�alves.

Ilson de Figueiredo, de 62 anos, era chefe de seguran�a da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Ele foi assassinado no dia 11 de junho de 2018, na avenida Guaicurus, no Jardim Itamarac�. Seu carro foi perseguido e ele foi morto a tiros por suspeitos que estavam em outro carro.

J� Anderson Celin Gon�alves, era policial civil, e Alberto Aparecido Roberto Nogueira, conhecido como �Bet�o� era suspeito de pistolagem e teria liga��es com o narcotraficante Fernandinho Beira-Mar. Os dois foram mortos em 21 de abril de 2016, em Bela Vista. Os corpos foram encontrados carbonizados na carroceria de uma caminhonete.

Por G1 MS e TV Morena

***

Os comentários abaixo são opiniões de leitores e não representam a opinião deste veículo.

Últimas Notícias

Veja Mais

Envie Sua Notícia

Envie pelo site

Envie pelo Whatsapp

Jornal Correio MS © 2021 Todos os direitos reservados.

PROIBIDA A REPRODUÇÃO, transmissão e redistribuição sem autorização expressa.

Site desenvolvido por: