SAÚDE
Especialista esclarece mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte
Método contraceptivo de emergência pode evitar gravidez em até 98% dos casos, mas não deve ser usado com frequência
24/06/2025
08:25
REDAÇÃO
MARIA GORETI
A pílula do dia seguinte atua principalmente inibindo a ovulação e deve ser tomada até 72 horas após o sexo desprotegido (Foto: Divulgação/Freepik)
A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência, usado para evitar uma gravidez após relações sexuais desprotegidas ou em casos de falha de outros métodos, como a ruptura do preservativo. O medicamento atua principalmente inibindo ou atrasando a ovulação, e pode evitar a gravidez em até 98% dos casos, se utilizado corretamente.
Segundo a Dra. Liliane de Melo Guimarães, médica ginecologista e consultora da DKT South America, o uso da pílula deve ocorrer o mais rápido possível após a relação sexual, preferencialmente nas primeiras 12 horas e até no máximo 72 horas.
Abaixo, a especialista esclarece 14 mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte:
O que é verdade?
Ela não é abortiva: a pílula age antes da fecundação. Se o óvulo já tiver sido fecundado e implantado no útero, o medicamento não interrompe a gravidez.
Pode causar efeitos colaterais: entre eles estão náuseas, tontura, dor de cabeça, alteração do ciclo menstrual e sensibilidade mamária.
Funciona mesmo no período fértil: a ação hormonal pode ainda impedir a fecundação ou dificultar o encontro do espermatozoide com o óvulo.
Tomar frequentemente reduz a eficácia: o uso repetido aumenta o risco de falhas.
Antibióticos e outros medicamentos podem interferir: anticonvulsivantes e antirretrovirais, por exemplo, podem reduzir a eficácia.
Pode causar acne: devido à alta carga hormonal.
Equivale a meia cartela de anticoncepcional: o que gera forte impacto hormonal.
Não substitui a camisinha: não previne infecções sexualmente transmissíveis e não deve ser usada como método regular.
O que é mito?
Pode ser usada como método contínuo: falso. Seu uso deve ser eventual, apenas em emergências.
Não funciona após a ovulação: falso. Ela também atua dificultando a mobilidade dos espermatozoides, embora com menor eficácia.
Não há contraindicações: falso. Mulheres com problemas hepáticos, trombose ou que estejam amamentando nas primeiras 6 semanas pós-parto devem evitá-la.
Quando devo tomar?
Situações recomendadas incluem:
Sexo desprotegido
Estupro
Esquecimento do anticoncepcional
Rompimento do preservativo
Sobre a DKT South America
A DKT South America é referência em planejamento familiar, prevenção de ISTs e acesso a métodos contraceptivos em toda a América do Sul. Atua com educação, produtos acessíveis e campanhas de conscientização por meio de iniciativas como DKT Salú, DKT Academy e a campanha Use Prudence. Para mais informações, acesse o site da DKT.
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