A cavalo, turista percorre circuito entre fazendas na região do Rio Negro.
Passeio inclui acampamento, safári fotográfico e focagem de animais.
Cavalgada na região do Rio Negro cruzam paisagens rústicas (Foto: Divulgação/Fazenda Barra Mansa)
Cavalgar em grupos durante vários dias, acampando em locais intocados pelo homem, é uma das aventuras que mais atraem turistas à região conhecida como Pantanal do Rio Negro, em Mato Grosso do Sul. O turista percorre um circuito entre três fazendas, pernoitando ora em barracas montadas no meio da mata, ora nas pousadas.
Em seis dias de cavalgada, cada jornada diária dura até oito horas, com intervalos para as refeições que são preparadas por uma equipe que viaja à frente do grupo. Além de desbravar trechos de natureza exuberante, o visitante pode fazer safáris fotográficos a bordo de veículos traçados ou caminhadas de contemplação da fauna e flora. À noite, a observação ganha ares especiais com a focagem de animais com hábitos noturnos, como jacarés e onças.
A região do Pantanal do Rio Negro situa-se a cerca de 260 quilômetros a noroeste de Campo Grande. O acesso terrestre se dá por estradas de chão batido a partir dos municípios de Aquidauana ou de Rio Negro. Para se chegar de carro às fazendas turísticas, a viagem dura até quatro horas se as estradas estiverem em boas condições.
A melhor época do ano é de abril a outubro, na vazante do Pantanal. Recomenda-se usar veículos traçados devido à possibilidade de haver trechos alagados em alguns pontos da rodovia. No período chuvoso, que vai de janeiro a junho, as estradas vicinais são quase intransitáveis.
Por via aérea, pode-se fretar voos com saídas de Campo Grande. Empresas de táxi aéreo oferecem aeronaves bimotores com capacidades até seis passageiros, e cobram em média R$ 1,5 mil por hora de voo. A viagem de ida e volta leva cerca de 1h30.
|
Entardecer na Vazante do Castelo, onde se pode navegar (Foto: Divulgação/Fazenda Barra Mansa) |
Navegação
A canoagem é outra opção de aventura no Rio Negro. A navegação em canoas artesanais, nos remansos das baías pantaneiras, é geralmente feita em companhia de jacarés, mamíferos e aves nativas.
Por si só, deixar o conforto das cidades para encarar a imensidão do Pantanal parece ser uma grande aventura. Mas nem todas as regiões pantaneiras de Mato Grosso do Sul estão aptas a receber turistas em busca de desafios em meio à natureza. Segundo o conselheiro regional da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav-MS), Ney Gonçalves, o turista deve levar em conta a infraestrutura dos programas turísticos na hora de escolher o melhor destino.
"Toda aventura deve estar atrelada à segurança dos passeios. Como são locais de difícil acesso, esses roteiros acabam tendo preços diferenciados", afirma Gonçalves. Nas pousadas da região do Pantanal do Rio Negro, o preço da diária completa varia entre R$ 350 e R$420 por pessoa, dependendo da época do ano. A alta temporada vai de abril a outubro.
Fonte: G1 MS
Por: Hélder Rafael